QUANDO DEVE SER INICIADA A AMAMENTAÇÃO?
A amamentação deve ser iniciada, se possível, ainda na sala de parto.
Isso é bom para o bebê e para a mãe, pois o leite desce melhor e mais cedo.
Os primeiros dias após o parto são fundamentais para o sucesso da amamentação. É um período de intenso aprendizado para a mãe e o bebê.
QUAL O NÚMERO DE MAMADAS POR DIA?
Recomenda-se que a criança seja amamentada sem restrições de horários e de tempo de permanência na mama.
Nos primeiros meses, é normal que a criança mame com freqüência e sem horários regulares.
Em geral, um bebê em aleitamento materno exclusivo mama de oito a 12 vezes ao dia.
A QUALIDADE DO LEITE DA MÃE INFLUENCIA O NÚMERO DE MAMADAS?
Não.
Muitas mães, principalmente as que estão inseguras e as com baixa auto-estima, costumam interpretar o comportamento do bebê de mamar várias vezes ao dia, que é normal, como sinal de fome do bebê, leite fraco ou pouco leite, o que pode resultar na introdução precoce e desnecessária de suplementos.
EXISTE LEITE FRACO?
Não existe leite fraco.
A natureza é perfeita: todo leite materno é completo!
Tem tudo na dosagem certa: açúcar, sais minerais, proteínas, calorias, ferro, água, vitaminas e gorduras que o bebê precisa.
Muitas mulheres acham que por ser o seu leite transparente em algumas ocasiões, o leite é fraco e não sustenta a criança.
A cor do leite não tem nada a haver com a sua qualidade. Ele varia ao longo de uma mamada e também com a dieta da mãe.
EXISTEM MULHERES QUE TEM POUCO LEITE?
A grande maioria das mulheres tem condições biológicas para produzir leite suficiente para atender à demanda de seu filho.
No entanto, uma queixa comum durante a amamentação é “pouco leite”. Muitas vezes, essa percepção é o reflexo da insegurança materna quanto a sua capacidade de nutrir plenamente o seu bebê.
Essa insegurança, com freqüência reforçada por pessoas próximas, faz com que o choro do bebê e as mamadas freqüentes (que fazem parte do comportamento normal em bebês pequenos) sejam interpretados como sinais de fome.
A ansiedade que tal situação gera na mãe e na família pode ser transmitida à criança, que responde com mais choro.
A suplementação com outros leites muitas vezes alivia a tensão materna e essa tranqüilidade é repassada ao bebê, que passa a chorar menos, vindo a reforçar a idéia de que a criança estava passando fome.
Uma vez iniciada a suplementação, a criança passa a sugar menos o peito e, como conseqüência, vai haver menor produção de leite, processo que com frequência culmina com a interrupção da amamentação.
Por isso, a queixa de “pouco leite” ou “leite fraco” deve ser valorizada e adequadamente manejada.
O QUE PODE SER FEITO PARA AUMENTAR A PRODUÇÃO DE LEITE?
Para aumentar a produção de leite as seguintes medidas são úteis:
Melhorar o posicionamento e a pega do bebê, quando não adequados
Aumentar a freqüência das mamadas
Oferecer as duas mamas em cada mamada
Dar tempo para o bebê esvaziar bem as mamas
Trocar de mama várias vezes em uma mesma mamada se a criança estiver sonolenta ou se na sugar vigorosamente
Evitar o uso de mamadeiras, chupetas e protetores (intermediários) de mamilos
Ter uma alimentação balanceada
Ingerir líquidos em quantidade suficiente
Repousar
QUAIS OS PONTOS CHAVE DO POSICIONAMENTO ADEQUADO DO BEBÊ PARA A AMAMENTAÇÃO?
1. Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo
2. Corpo do bebê próximo ao da mãe
3. Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido)
4. Bebê bem apoiado
QUAIS OS PONTOS CHAVE DE UMA PEGA ADEQUADA DA MAMA PELO BEBÊ?
1. Mais aréola visível acima da boca do bebê
2. Boca bem aberta
3. Lábio inferior virado para fora
4. Queixo tocando a mama
QUANDO O USO DE MAMADEIRAS É RECOMENDÁVEL?
A mamadeira, além de ser uma importante fonte de contaminação, pode influenciar negativamente a amamentação.
Água, chás e principalmente outros leites administrados através de mamadeiras devem ser evitados, pois há evidências de que o seu uso está associado com desmame precoce e aumento da morbimortalidade infantil.
PORQUE ALGUMAS CRIANÇAS PREFEREM A MAMADEIRA AO INVÉS DO PEITO?
Observa-se que algumas crianças, depois de experimentarem a mamadeira, passam a apresentar dificuldade quando vão mamar no peito.
Isso ocorre por causa da “confusão de bicos”, gerada pela diferença marcante entre a maneira de sugar na mama e na mamadeira.
Nesses casos, é comum o bebê começar a mamar no peito, porém, após alguns segundos, largar a mama e chorar.
Como o leite na mamadeira flui abundantemente desde a primeira sucção, a criança pode estranhar a demora de um fluxo maior de leite no peito no início da mamada, pois o reflexo de ejeção do leite leva aproximadamente um minuto para ser desencadeado e algumas crianças podem não tolerar essa espera.
QUAL DEVE SER A DURAÇÃO DA AMAMENTAÇÃO?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) recomendam aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais, ou seja, não precisa dar água, chá, sucos ou outro leite nos primeiros seis meses de vida.
Não há nenhuma vantagem em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, pois a introdução precoce de outros alimentos está associada a maior incidência de diarréia, desnutrição e problemas respiratórios.
A MÃE QUE ALIMENTA DEVE TER UMA ALIMENTAÇÃO DIFERENCIADA?
Sim.
Para a produção do leite, é necessária a ingestão de calorias e de líquidos além do habitual.
Por isso, durante o período de amamentação, costuma haver um aumento do apetite e da sede da mulher e também algumas mudanças nas preferências alimentares. Sua alimentação deve ser variada incluindo pães, cereais, frutas, legumes, verduras, derivados do leite e carnes.
O consumo de café e outros produtos cafeinados deve ser feito com moderação.
QUAL A VERDADEIRA IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO?
Faz a criança se sentir segura e amada
Promoção do vínculo afetivo entre a criança e a mãe
Melhor nutrição da criança pois o leite materno contém todos os nutrientes que a ela precisa nos primeiros meses de vida
Favorece um melhor crescimento e desenvolvimento do bebê
Funciona como uma vacina protegendo a criança de diversas doenças e alergias
É higiênico, está sempre pronto, na temperatura e gosto próprios para o bebê e não custa nada
Ajuda no desenvolvimento cognitivo e emocional da criança
Protege a mãe contra o câncer de útero e o câncer de ovário
Tem ótima influencia na saúde psíquica da mãe
Evita mortes infantis
Evita diarréias
Evita infecção respiratória
Diminui o risco de alergias
Diminui o risco de hipertensão arterial, colesterol alto e diabetes na idade adulta
Reduz a chance de obesidade
Efeito positivo na inteligência
Melhor desenvolvimento da cavidade bucal da criança
Evita nova gravidez
Menores custos financeiros para o cuidado com a criança
Melhor qualidade de vida
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